Dramática/Teatro
Desenvolvimento da Capacidade de Exp. e Comunicação
Desenvolvimento da Criatividade
Compreensão das Artes no Contexto
Apropriação da Linguagem Elementar da Exp. Dramática
escolovar.org/inverno_historia.htm
Certo dia, a formiguinha trabalhadeira, quando ia buscar uma semente para o seu celeiro de Inverno, foi apanhada por um nevão e o seu pezinho ficou preso na neve. Muito aflita, ela pediu à neve:
- Ó neve, tu és tão forte que o meu pé prendes!
- Mais forte do que eu é o Sol que me derrete! - respondeu a neve.
Disse a formiga, virando-se para o Sol:
- Ó Sol, tu és tão forte que derretes a neve, que o meu pé prende!
- Mais forte do que eu é a nuvem que me tapa! - respondeu o Sol.
- Ó nuvem, tu és tão forte que tapas o Sol, que derrete a neve que o meu pé prende!
- Mais forte do que eu é o vento que me empurra!
- Ó vento, tu és tão forte que empurras a nuvem, que tapa o Sol, que derrete a neve que o meu pé prende!
- Mais forte do que eu é a parede que não me deixa passar!
- Ó parede, tu és tão forte que não deixas passar o vento, que empurra a nuvem, que tapa o Sol, que derrete a neve que o meu pé prende!
- Mais forte do que eu é o rato que me fura!
- Ó rato, tu és tão forte que furas a parede, que não deixa passar o vento, que empurra a nuvem, que tapa o Sol, que derrete a neve que o meu pé prende!
- Mais forte do que eu é o gato que me come!
- Ó gato, tu és tão forte que comes o rato, que fura a parede, que não deixa passar o vento, que empurra a nuvem, que tapa o Sol, que derrete a neve que o meu pé prende!
- Mais forte do que eu é a mulher que me trata.
- Ó mulher, tu és tão forte que tratas do gato, que come o rato, que fura a parede, que não deixa passar o vento, que empurra a nuvem, que tapa o Sol, que derrete a neve que o meu pé prende!
Então a mulher retirou cuidadosamente a patinha da formiga da neve e, assim, ela pôde ir para casa.
TEATRO O DENTINHO
Alguns dentinhos brincavam na sala, (7 meninas e 7 meninos )....., quando de repente recebem uma visita....
Pirulito - Olá! Já viram quem eu sou?... Não?... Eu sou um pirulito sou tão docinho! ...
Bala : E eu então.... e todas as crianças gostam de mim.
Vendo que um dentinho estava sozinho, tristonho, o pirulito pergunta :
Pirulito : - Olha, olha ... O que é que tu tens, dentinho?
DENTE triste : - Me deixa! É por tua causa que estou assim. Andava sempre a devorar pirulitos ... . Ai! E agora estou com dor de dentes.
Pirulito - Essa é boa! Por minha culpa?! Mas eu sou um pirulito docinho ... e não faço mal a ninguém.
(aparece o chocolate, e o refrigerante e o biscoito recheado )
CHOCOLATE - Olá, amigo pirulito, amiga bala!
Refrigerante : Olá, amigo dente !
Biscoito : Xiiii você parece estar doente !
Pirulito : - Eu acho é que a culpa deve ser do chocolate, do refri e do biscoito que você comeu !
CHOCOLATE , refri e biscoito : - Do que é que nós temos culpa ?
Bala : - Da doença do amigo dente !Todo mundo sabe que vocês fazem mal aos dentes.
CHOCOLATE : - Ora essa ! Eu até me derreto na boca das crianças.Os pirulitos e as balas é que fazem mal aos dentes.
Pirulito : - Não, são os chocolates!
Bala : São os refrigerantes !
Refrigerantes : São as bolachas !
Bolachas : Nada disso....são as balas !
(brigam algum tempo e o dente continua a gemer)
( Uma maçã e uma cenoura espreita e aparece)
MAÇÃ - Eu acho que a culpa é de todos ! Pobre dentinho!
Cenoura : Se tivesses comido mais frutas, legumes e verduras em vez de doces e guloseimas ...
CHOCOLATE : - Ora, ora, o que vocês queriam era ser tão doces como nós !
MAÇÃ :- E tu ... o que querias era ser tão vermelhinho como eu.
Bala : - Xiiiiii olhem só quem vem ali.
(aparece o dentista)
DENTISTA : - Bom-dia, meus meninos e minhas meninas.
(espera por as crianças o cumprimentarem também
Dentista : - Ora vejam lá se são capazes de adivinhar quem eu sou?! ... Uso roupa branca ... trabalho com uma cadeira que sobe e desce ... e tiro as dores de dentes... Conseguem adivinhar ???
(espera um pouco pela resposta)
DENTISTA - Pois é,eu sou a amiga dentista.
(o dente começa novamente a gemer e o dentista aproxima-se dele e examina-o)
Dentista : - Ora aqui está quem precisa da minha ajuda.
Refrigerante: - Mas antes, sr. dentista, nos diga qual de nós é o culpado da doença do amigo dente?
DENTISTA : - Bem ... comer muitos doces e guloseimas faz mal aos dentes. Por isso todos vocês têm culpa.
MAÇÃ e cenoura juntos : - E eu? E eu?
DENTISTA - Ah! Vocês são grandes amigas dos dentes. Só fazem bem. Agora ... se o nosso amigo dente não andasse esquecido da escova dos dentes... e se lavasse os dentes depois das refeições... mesmo depois de comer maçãs... agora não estava doente.
(vira-se para o dente )
Dentista : Venha cá que eu vou-te tratar. (puxa um instrumento)
DENTE : - Ai! Ai! Tenho medo!
DENTISTA - Então, então ... não estás com dores? Queres ou não ficar bom? Verás que não custa nada ... só te quero tratar.
(O dente senta na cadeira e o dentista o trata )
Dentista : Pronto! Então, estás melhor?
DENTE : - Ah! Muito melhor! Obrigado!
DENTISTA
- Bem ... mas agora muitas maçãs, cenoras, e poucos doces e guloseimas e ... (tira do bolso uma escova de dentes) ... e a escova de dentes ... se não, voltarás a ficar doente.
DENTE : Obrigada querido amigo ! Agora não tenho mais medo de você, afinal, os dentistas são nossos amigos!
DENTISTA : - É claro ! (abraçam-se).
Depois deste dia, o dentinho aprendeu uma lição... escovar os dentes pelo menos 3 vezes ao dia, e comer muitas frutas, verduras e legumes..... e nunca mais o dentinho ficou doente.....
3833758-JILNatal2002-Teatro-Princesa.pdf (70659)
Veja abaixo algumas silhuetas de animais produzidas por Ashley:
.
Imagens do livro “Hand Shadows To Be Thrown Upon The Wall” de Henry Bursill, baseado no original de Griffith & Farran de 1859 e que está disponível graças ao Projeto Gutemberg neste link.
Vídeo Teatro de sombras mãos:
“A MENINA GOTINHA DE ÁGUA” DE PAPINIANO CARLOS – por Clara Castilho
Papiniano Carlos, grande poeta e grande figura de cidadão, morreu em Dezembro de 2012 e prestámos-lhe uma singela, mas sentida homenagem. Caminhemos Serenos é um dos mais belos poemas que se escreveram na nossa língua. A Menina Gotinha de Água, tem encantado sucessivas gerações de crianças – é deste livro que Clara Castilho nos vai falar.
Livro publicado nos anos 60 A Menina Gotinha de Água é uma obra de literatura infantil que constitui um dos seus maiores êxitos editoriais. Livro repetidamente reeditado ao longo dos anos, contou nas várias edições com ilustrações diversas. Vemos o ciclo da água, no essencial que representa em toda a vida, partindo do mar para a ele regressar, numa exaltação da natureza. A Gotinha de água, aparece humanizada, como uma menina traquina e divertida, levando a com ela se identificarem e a ouvirem a história com entusiasmo e repetindo certas partes.
“Era uma vez uma gotinha de água que vivia no mar sem fim.
Juntamente com as suas irmãzinhas formavam o Mar.
Um dia, a menina Gotinha de Água estava a dormir, a sonhar,…
Então o Sol beijou-a e logo ela subiu no ar.
No céu, olhou à sua volta e viu milhões de gotinhas como ela boiarem
no ar.
Vieram os ventos e começaram a empurrar aquelas nuvens e a
gotinha viajou por muitas terras…..”
O seu autor é Papiniano Manuel Carlos de Vasconcelos Rodrigues (1918-2012), escritor português nascido em Moçambique e radicado no Porto desde a infância.
Apesar de ter cursos de áreas da engenharia escreveu várias obras literárias, geralmente de cariz poético, como A Ave Sobre a Cidade ou Sonhar a Terra Livre e Insubmissa, e também, para além do citado,diversos livros infanto-juvenis, como Luisinho e as Andorinhas.
Publicou o primeiro livro em 1942, um volume de poesias intitulado Esboço. Quatro anos depois editou Estrada Nova – Caderno de Poemas, com capa de Júlio Pomar, uma obra bem acolhida pelo público, mas rapidamente apreendida pela PIDE. Naquele ano foi também publicado Terra com sede, que marca a sua estreia na ficção e que reúne alguns dos mais belos contos do neo-realismo português.
Militante do PCP, desenvolveu actividade clandestina com o pseudónimo Garcia, em homenagem a Garcia Lorca. Foi preso três vezes pela PIDE
Da revista Notícias do Bloqueio, colaborou nas revistas Seara Nova e Vértice. Integrou os corpos dirigentes do Círculo de Cultura Teatral do Teatro Experimental do Porto.
Está representado nas Antologias Líricas Portuguesas, Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa, Nueva Poesia Portuguesa, La Poésie Ibérique de Combat.
Esta obra dá origem a muitos trabalhos escolares. Há dois anos Miguel Azguime, compositor, poeta, e percussionista, que fundou com Paula Azguime o Miso Ensemble, duo de flauta e percussão, um dos mais importantes agrupamentos portugueses de música contemporânea, levou a cena este livro.
Era uma vez um Filho, uma Família e uma Escola.